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sem-terra assentamentos reforma agrária monocultura
2007-05-18
João Pedro Stédile diz que não adianta mais invadir


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aposta num novo modelo de reforma agrária no Brasil para enfrentar o crescimento do controle das transnacionais no campo e que possa ser promovido pela população brasileira através de uma revolução de conceitos. A nova proposta foi apresentada ontem em Curitiba pelo líder nacional do MST, João Pedro Stédile, durante o encontro ''Terra e Cidadania'', promovido pelo Instituto de Terras, Cartografias e Geociências da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Stédile chama a nova proposta de Reforma Agrária Popular.

''O crescimento do agronegócios nos impulsionou a mudar de estratégia. Não adianta mais invadir para conseguir a desapropriação e o assentamento. A luta ficou muito mais difícil agora. Queremos a democratização da propriedade de terra com limites claros de tamanho máximo para a propriedade de estrangeiros, com priorização de produção de alimentos, com incentivo a cooperativas que agregam valores e educação. Uma reforma agrária que mude as técnicas de agressão ao meio ambiente com a monocultura e priorize a variedade'', ponderou Stédile, em entrevista exclusiva à FOLHA.

Para o líder do MST, a Reforma Agrária só é possível com a combinação de duas forças: governo popular que tenha vontade de mudanças e um movimento de massas que promova mudanças. ''No governo Lula, a reforma agrária é praticamente impossível. Esse governo preferiu adotar uma política de alianças com composição de forças que interferem nas ideologias populares e impede mudanças'', disse ele.

Stédile acredita que o campo não tem mais fazendeiros ignorantes que deixam de produzir. Hoje, segundo ele, os grandes fazendeiros se aliaram aos bancos e as transnacionais formando oligarquias no campo. ''Hoje, três transnacionais comandam a produção agrícola brasileira. Elas regem os preços, os insumos e o mercado. O resultado é a monicultura, a mecanização do trabalho e o uso intensivo de agrotóxicos'', pontuou.

O sindicalista diz temer que outro mercado seja dominado pelas transnacionais: o mercado dos biocombustíveis -chamado por ele de agrocombustíveis. ''Seja o etanol, seja o agrocombustível, tudo parece que será dominado pelos mesmos fazendeiros que estão aliados às transnacionais e as bancos. Não adianta mais agora pensar em distribuição de terras para o MST. Agora precisamos urgente de uma Reforma Agrária Popular''.

O petista histórico e ex-candidato à presidência nacional do PT, Plínio de Arruda Sampaio, também participou do encontro. Para ele, o Brasil está vivendo uma regressão histórica de crescimento. ''O capitalismo divide a economia brasileira em dois tipos: o centro e a periferia. O Brasil está há 500 anos na periferia. Sempre esteve, nunca saiu e jamais sairá enquanto não fizer uma transformação social'', classificou.

(Por José Suassuna, Folha de Londrina, 18/05/2007)


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