O programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) do Ministério do Meio Ambiente e a Agência de Cooperação Técnica Alemã (GTZ) promovem, em Manaus (AM), entre 21 e 24 deste mês, a terceira edição do Curso de Técnicas e Ferramentas Participativas no Ciclo de Gestão de Unidades de Conservação (UCs).
Ao todo, serão quatro edições do curso. A primeira e a segunda foram feitas, respectivamente, em Brasília e Belém, no início deste mês. A quarta e última edição do curso está marcada para o dia 3 de junho, em Rio Branco, no Acre.
Técnica da GTZ e uma das organizadoras da série de cursos, a engenharia florestal Leda Luz disse que a realização das capacitações foi solicitada por diversos gestores de UCs. "Isso ocorreu durante a elaboração do Plano Operativo Anual ao longo do ano passado", afirmou.
Segundo ela, por meio do curso, o gestor passa a ter contato com ferramentas e técnicas que ajudam a facilitar a participação interna e externa nas UCs. "A gente espera que o uso dessas técnicas possa facilitar a reflexão sobre a realidade da UC", disse.
Além disso, ainda de acordo com Leda, esse tipo de gestão traz transparência e promove o trabalho em equipe. "Essas técnicas vêm de uma vertente que quer introduzir a percepção das pessoas no desenvolvimento de ações", explicou.
Leda contou que, a partir de cursos como esses, o Arpa está cada vez mais chegando às UCs. "A receptividade tem sido excelente", avaliou.
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o Arpa é um programa do governo federal em parceria com organizações não-governamentais, doadores e governos estaduais e municipais da Amazônia.
A execução é feita pelo Ibama, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e os governos do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins.
O Arpa tem como doadores o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Banco Alemão de Crédito para Reconstrução (KFW) e a ong WWF-Brasil, que também atua na cooperação técnica ao GTZ.
Em funcionamento desde 2002, o Arpa pretende criar, implementar e consolidar 37,5 milhões de hectares de novas unidades de conservação e consolidar 12,5 milhões de hectares de unidades existentes até o ano de 2012.
(Por Adriano Ceolin, Ascom MMA, 17/05/2007)