A casca resultante do processo de beneficiamento de arroz no Rio Grande do Sul despertou a atenção de duas multinacionais. Uma delas, a portuguesa CGDs já desenvolve um programa de produção de energia pela queima dos dejeitos em parceria com a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). Agora a holandesa BTG Biomass Technology Group B.V., cobiça a sobre industrial anual de 1,2 milhão de toneladas de casca de arroz ou 22% da safra gaúcha de 5,3 milhões de toneladas para a produção de óleo ecológico. O produto será exportado para a Holanda e utilizado na geração de energia limpa, podendo ser aproveitado também pela indústria de alimentos e cosméticos. Uma missão comercial holandesa que visita o Estado trouxe na bagagem um projeto para a instalação de uma unidade de processamento no Rio Grande do Sul, ao custo de US$ 2 milhões com capacidade para processar 2 mil toneladas por hora. O processo para extração do óleo, desenvolvido há 12 anos pela BTG e uma universidade da Holanda, ainda não é usado em escala comercial. Consiste na carbonização da casca do arroz por flash piróplise, até a obtenção de um carvão que resultará em óleo comestível. (GM/B14, ZH/23)