Mais de 80% dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em São Paulo estão aderindo à paralisação da categoria, iniciada na última segunda-feira (14/05), segundo dados do comando de greve.
A assessoria de imprensa do Ibama de SP informou, no entanto, que apenas 50% trabalhadores estão paralisados.
Segundo Carlos Daniel Tony, do comando de greve, quase todos os servidores estão parados na capital, com exceção dos trabalhadores que ocupam cargos de confiança. No interior, esse número é de aproximadamente 80%.
De acordo com ele, no estado de São Paulo, apenas algumas operações que já estavam agendadas com a Polícia Federal e poucas áreas do setor de Recursos Humanos não foram atingidas pela greve.
As demais atividades do instituto, como protocolo, licenciamento, fiscalização e reconhecimento de fauna, estão suspensas. As ações nos portos e aeroportos do estado também não estão funcionando.
Os grevistas vão decidir em assembléia a realização de uma operação padrão no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), e no Porto de Santos. Caso seja aprovada, os fiscais do Ibama vão passar a abrir todos os conteiners com produtos orgânicos primários para averiguar a conformidade com a legislação ambiental.
Na quarta-feira (16/05), a assembléia dos grevistas decidiu que não será respeitada a determinação da Justiça de que ao menos 50% dos servidores permanecessem trabalhando. Segundo o comando de greve, a decisão apenas é válida para instâncias do Ibama que estão no Distrito Federal, o que permitiria paralisações maiores nos demais estados.
A assessoria de imprensa do Ibama SP informou que as funções mais importantes do instituto em São Paulo, como licenciamento, fiscalização e controle de madeiras estão funcionando normalmente. A fiscalização nos aeroportos e nos portos também não está sendo afetada.
(Por Bruno Bocchini, Agência Brasil, 17/05/2007)