O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, disse nesta quinta-feira (17/05) que o "caminho está livre" para o governo fazer a obra de integração do Rio São Francisco e que o projeto será feito. "Não existe mais uma discussão de fazer ou não. Nós vamos fazer a obra porque essa é uma determinação do presidente da República", afirmou em entrevista exclusiva à Agência Brasil.
Segundo ele, o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) já indicou que as obras podem ser realizadas. "As ações que efetivamente tramitaram no Supremo já mereceram apreciação do ministro Sepúlveda Pertence em um brilhantíssimo parecer a respeito do assunto, que deixou o caminho livre para nós fazermos as obras".
Em dezembro, Sepúlveda Pertence suspendeu as liminares que impediam o início das obras. No entanto, ainda tramitam no STF 11 ações civis contrárias ao projeto. "Eu creio que o Supremo Tribunal Federal já deixou de forma clara que essa obra é tecnicamente correta e socialmente, extremamente, justa. Portanto, eu creio que o caminho está aberto para nós fazermos essa obra, preservando o meio ambiente, cuidando dos chamados estados doadores, fazendo o que nós estamos fazendo, que é implantando um amplo projeto de revitalização do Rio São Francisco, coisa que nunca foi feita", afirmou o ministro da Integração.
Em entrevista a emissoras de rádio parceiras da Radiobrás, Geddel Vieira Lima disse que as ações que tramitam na Justiça "não trazem nada de novo" em relação às que já foram analisadas pelo ministro do STF. "Não creio que haja novidade nessa área. Se eventualmente houver, vamos lutar também no campo jurídico para implementar a obra".
Para o ministro da Integração, a polêmica em torno do projeto vai acabar à medida que o governo debater o assunto com a sociedade. "Tenho absoluta certeza que nosso dever agora é continuar debatendo com a sociedade, incorporando sugestões, melhorando o projeto, sobretudo naquilo que diz respeito à questão da revitalização do rio para que o São Francisco volte a ter a força que sempre teve e, mais do que volte a ter, preserve a força que sempre teve", destacou.
(Por Marcela Ribeiro, Agência Brasil, 17/05/2007)