São Paulo é uma entre 15 cidades do mundo participando de um projeto para tornar prédios mais eficientes no uso de energia e combater o aquecimento global. A iniciativa é liderada pela fundação do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, e conta com a participação de cinco bancos globais e quatro corporações multinacionais, além de uma equipe de especialistas em reformar prédios para torná-los mais "verdes".
Na maioria das cidades, prédios são responsáveis por mais de 50% das emissões de carbono. No caso de grandes metrópoles como São Paulo e Nova York, esse índice sobe para 70%. De acordo com o plano, cada banco participante vai emprestar US$ 1 bilhão para cidades e donos de construções. O dinheiro será usado para melhorar sistemas de aquecimento, resfriamento e iluminação em prédios antigos.
Segundo os criadores do programa, a idéia é que os empréstimos sejam pagos com o dinheiro resultante da economia no uso de energia. As estimativas são de que as melhorias trarão reduções entre 20 e 50% nos gastos. "As mudanças climáticas são um problema global que requer soluções locais", disse Clinton. "As empresas, bancos e cidades em parceria com a minha fundação (...) vão economizar dinheiro, fazer dinheiro, criar empregos e produzir um impacto coletivo sobre as mudanças climáticas."
Além de São Paulo, participam do programa Bangcoc, Berlim, Chicago, Houston, Johannesburgo, Karachi, Londres, Melbourne, Cidade do México, Nova York, Roma, Seoul, Tóquio e Toronto. Os bancos participantes são ABN AMRO, Citi, Deutsche Bank, JPMorgan Chase e UBS.
(BBC, 17/05/2007)