Petrobras assegurou hoje (17/05) que o respeito ao meio ambiente e aos povos indígenas está garantido no projeto de extração de petróleo no Parque Nacional Yasuní do Equador, para o qual espera a licença para obras desde fevereiro. Fernando Benítez, gerente da Petrobras para o projeto do chamado Bloco 31, disse a um grupo de jornalistas que toda a documentação para a nova licença ambiental foi aprovada em dezembro, e em janeiro foram pagas as taxas e entregues as garantias para a obtenção da nova permissão.
O governo equatoriano não deu razões para o atraso da licença necessária para que a estatal brasileira inicie as obras para instalar em Yasuní duas plataformas que produzirão, em um prazo de dois anos e meio, 40 mil barris diários de petróleo pesado. A exploração do Bloco 31, onde a companhia brasileira já investiu US$ 180 milhões e teria que investir outros US$ 300 milhões, aumentará em cerca de 8% a produção petrolífera atual do Equador, de 500 mil barris diários.
O projeto da Petrobras em Yasuní, segundo Benítez, foi traçado "com o máximo respeito ao meio ambiente" e aos povos indígenas que vivem dentro do parque, para evitar os contatos com eles. As duas plataformas de extração, unidas por dutos enterrados a um centro de processamento de fluidos situado fora de Yasuní, seriam a base de um máximo de 30 poços, que trabalhariam de forma automática. Somente na fase de construção e para a manutenção é necessário o uso de pessoal dentro da área do parque, e a companhia usará tecnologia para reduzir ao máximo a poluição e as emissões.
(EFE, 17/05/2007)