A agroindústria familiar Maccari, de produção de salames, embutidos, carne suína e derivados, da comunidade de São Miguel, interior de Francisco Beltrão (sudoeste do Paraná), passou a adotar as sacolas oxi-biodegradáveis na comercialização dos seus produtos. Os irmãos Maccari estão testando as novas sacolas e despertando a atenção de clientes e consumidores, mas já se dizem convencidos não só pela qualidade do material, mas também pela certeza de estarem contribuindo para reduzir a poluição do Planeta.
"Quando chove, é mais fácil perceber a quantidade de plástico jogado nas ruas da cidade, que entopem os bueiros ou são carregados pela enxurrada. No meio rural não é diferente, você passa nas estradas e percebe quanto lixo é jogado na natureza", diz o suinocultor Jaime Maccari. "Acreditamos estar fazendo a nossa parte. Nós, agricultores, usamos e vivemos no meio da natureza; a nossa vida depende de preservar os seus recursos", argumenta.
O pequeno frigorífico de Francisco Beltrão adquiriu três mil sacolas, quantidade suficiente para aproximadamente 90 dias de uso. As sacolas plásticas oxi-biodegradáveis se decompõem em aproximadamente 18 meses, enquanto que as tradicionais, se não forem incineradas, levam centenas de anos para desaparecerem. Até lá, elas causam enormes estragos ao meio ambiente e se configuram numa das principais vilãs do lixo urbano.
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Folha de Londrina, 17/05/2007)