A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou ontem (16/5) que o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aguarda respostas do consórcio de construção de hidrelétricas no Rio Madeira sobre impactos da obra. Ela disse que o órgão ambiental quer respostas sobre “mercúrio, sedimentos e peixes”.
“Com o protocolo dessas respostas, eles [técnicos do Ibama] farão análise dessas respostas e se manifestarão no tempo oportuno”, disse Marina Silva.
Terça-feira (15/5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a construção das hidrelétricas. Lula afirmou que é necessária a combinação de “pressa em fazer a obra” com “a pressa de cuidar com muito carinho do meio ambiente”. As duas hidrelétricas (Jirau e Santo Antônio), em Rondônia, terão capacidade de 6.450 megawatts no total – aproximadamente metade da potência de Itaipu, a usina mais potente do país.
A obra depende da concessão de licença prévia pelo Ibama, que, em 23 de abril, publicou parecer recomendando a não emissão da licença e pedindo a elaboração de um novo estudo de impacto ambiental (EIA) para o consórcio formado entre Furnas Centrais Elétricas e a empreiteira Odebrecht.
(Por Kelly Oliveira,
Agência Brasil, 16/05/2007)