“Os resultados das nossas pesquisas sobre a influência dos organismos geneticamente modificados (OGM) nos organismos vivos tornam duvidosa a sua inocuidade”, afirmou Alaxander Baranov, presidente da Associação Nacional para a Segurança Genética, numa conferência de imprensa no Centro REGNUM em Moscovo.
“Isto deve tornar-se motivo para uma reflexão séria nas instituições oficiais governamentais”, disse ainda Baranov. Membros desta Associação apresentaram resultados da pesquisa conduzida na Universidade Agrícola de Vavilov (Saratov). A pesquisa registrou desvios patológicos nos animais que comeram OGM.
A biotecnóloga Maria Konovalova, que conduziu pessoalmente os testes, disse que a soja transgénica neles utilizada produziu mutilações sérias nos órgãos internos dos ratos (fígado, rins e testículos) e na arquitetura celular e histológica. Além disso também influenciou o número de nascimentos por ninhada, alterou a taxa de mortalidade dos descendentes, e ainda resultou num aumento da agressividade e perda do instinto maternal.
Alexander Baranov acrescentou que tinha sido enviada uma carta aberta a Gennady Onishchenko, responsável máximo pela Inspecção Sanitária Russa, salientando a necessidade de uma moratória tanto à utilização dos OGM já autorizados na Rússia como à aprovação de novos OGM até que a sua influência no organismo humano esteja completamente estudada.
Baranov aponta que neste momento se atingiu uma situação terrível “Alimentamos as nossas crianças com alimentos cuja segurança ninguém pode garantir”. E ainda “Não andamos à procura de um culpado. Na nossa carta a Gennady Onishchenko propomos algumas medidas para uma rápida resolução do problema”. Como anteriormente noticiado via Regnum, em Outubro de 2005 a investigadora russa Irina Ermakova tornou públicos os resultados de experiências onde se mostrava que a soja transgénica afecta a descendência.
(AE Notícias, 16/05/2007)