O Grupo C-40, que organiza a Cúpula Mundial das Grandes Cidades para o Clima, tem uma parceria com a Fundação Clinton, do ex-presidente americano Billl Clinton. Uma das sugestões da Fundação Clinton para as cidades diminuírem a emissão de gases no transporte é a implantação do sistema de ônibus curitibano, com canaletas exclusivas, ônibus articulados e biarticulados, embarque no mesmo nível (plataformas nos terminais e nas estações-tubo) e pagamento antecipado. O sistema ficou conhecido internacionalmente como BRT - Bus Rapid Transit (Trânsito de Ônibus Rápido) e está sendo implantado atualmente em dezenas de cidades de vários países.
A Fundação Clinton, por meio da Iniciativa Climática Clinton (CCI), foi escolhida como a parceira exclusiva para a implementação de tecnologias que permitam a redução de gases poluentes no meio ambiente das cidades do C-40. A Cúpula teve início nesta terça-feira, com a participação do prefeito Beto Richa no primeiro painel do evento. Na quarta-feira, os prefeitos terão um encontro com Bill Clinton.
Veja as soluções que a Fundação de Bill Clinton sugere aos participantes da Cúpula para a redução do uso de energia e de emissão de gases:
· Desenvolver sistemas de ônibus BRT (similar ao de Curitiba) e de sistemas de transportes sem motores que usem combustíveis.
· Criação de padrões de construção civil que incluam mudanças executáveis e econômicas para fazer novos prédios menos poluentes e mais eficientes no uso de energia.
· Fazer auditorias do uso de energia e implantar programas para melhorar o uso de energia em prédios públicos e privados.
· Instalar sistema de semáforos e de iluminação mais eficientes para o uso de energia.
· Instalar sistemas de geração de eletricidade menos poluentes.
· Usar combustíveis não-poluentes e tecnologias híbridas para ônibus coletivos.
· Implementar sistemas para reduzir o tráfego e os congestionamentos.
· Criar sistemas de transformação de lixo em energia nos aterros.
· Melhorar a distribuição de água e gerenciamento de vazamentos.
Outras soluções:
União do potencial de compra das cidades: as cidades devem formar um consórcio para fazer suas compras de materiais que ajudem a reduzir o uso de energia. O consórcio poderá fazer parcerias com fornecedores para diminuir os custos de produção e de entrega de materiais de construção, de ônibus não-poluentes, caminhões de coleta de lixo, sistemas de semáforos e de iluminação pública, entre outros.
Mobilização de consultores especialistas: técnicos que ajudarão as cidades a desenvolver e implantar programas relacionados a redução do uso de energia e de emissão de gases. Estes técnicos poderão dar consultoria em áreas como construção eficiente, transporte ecológico, produção de energia renovável, gerenciamento de resíduos e sistemas de água e esgoto.
Criação de ferramentas de acompanhamento: as cidades poderão estabelecer padrões para emissões de gases, acompanhamento da redução e compartilhamento das melhoras práticas. Ferramentas padrão de acompanhamento permitirão que as cidades avaliem os benefícios potenciais de qualquer medida ecológica em relação aos seus contextos locais específicos. Uma rede de informações online permitirá que especialistas de diferentes cidades acessem os dados e tenham comunicação constante com outras cidades com melhores práticas.
(Paraná Shop, 15/05/2007)