(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
doenças respiratórias
2007-05-16

Iniciativa desencadeada na seqüência da proclamação de 2005-2014 a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, por parte das Nações Unidas, cujo objectivo é aprofundar os estudos sobre a poluição do ar e os seus efeitos, tendo em conta o crescimento preocupante da incidência de doenças respiratórias na União Europeia. O projecto “EuroLifeNet/CiênciaViva: Aprendendo/Exercendo Cidadania, Medindo a Qualidade do Ar” está a ser desenvolvido pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESE-IPVC).

 

"A incidência de doenças respiratórias na União Europeia tem crescido a níveis preocupantes. Daí ser fundamental aprofundar os estudos sobre a poluição do ar e os seus efeitos, e obter o apoio esclarecido dos cidadãos para políticas mais rigorosas em defesa do ambiente", comentou Luísa Neves, Coordenadora do Projecto “EuroLifeNet/CiênciaViva e Docente da ESE-IPVC.

 

O Projecto “EuroLifeNet/CiênciaViva: Aprendendo/Exercendo Cidadania, Medindo a Qualidade do Ar” desenvolvido por aquela unidade de ensino superior do IPVC em parceria com o Centro de Investigação de Tecnologias de Informação para uma Democracia Participativa (CITIDEP), iniciou-se em 2005, tendo a primeira campanha de recolha de dados decorrido em Novembro de 2006.

 

A propósito do desenvolvimento deste projecto, Luísa Neves refere que "criar uma dinâmica inovadora no ensino experimental das ciências ao nível do ensino básico e secundário, desenvolvendo uma rede de escolas de regiões distintas de Portugal (Norte, Centro, Sul e Ilhas) para promover a igualdade de oportunidades no acesso ao conhecimento, assim como implementar uma nova dinâmica no ensino/aprendizagem e na divulgação das ciências e das tecnologias, constituem os principais objectivos".

 

Sobre o programa EuroLifeNet, José Portela, Presidente daquela Escola Superior, salientou que "testar uma metodologia inovadora de recolha de dados (ex. exposição pessoal a partículas, poluente atmosférico com graves efeitos na saúde), em condições que satisfaçam as necessidades dos cientistas, técnicos e decisores políticos, no que respeita a rigor e fiabilidade dos dados, com cobertura estatística adequada, mas também sustentável (em termos económicos e institucionais), para recolha em regime regular, não apenas em projectos-piloto, e que contribuam para a consciencialização cívica dos cidadãos, em especial os jovens, da sua responsabilidade social no problema e na sua solução, está na base da actuação deste Programa". Mais acrescentou a importância da ESE-IPVC participar neste programa já que se insere nos seus desígnios de educação e de prestação de serviços à comunidade.

 

"A proposta de uma Rede Europeia pela Vida, com a participação, para além da nossa Escola Superior, de Escolas do Ensino Secundário e Básico, em parceria com investigadores e técnicos com responsabilidades, está a ser muito bem conseguida" avançou ainda Luísa Neves.

 

"Co-relacionar índices de poluição do ar exterior, com dados sobre o ar interior e sobretudo de exposição pessoal - e com os indicadores de saúde pública, possibilita o desenvolvimento de competências de cidadania participada através do envolvimento dos jovens na recolha de dados ambientais, os quais se pretende que venham a ser utilizados por cientistas europeus" explica Luísa Neves.  "Em suma, através da divulgação e integração dos conceitos de ambiente, saúde e cidadania pretende-se sensibilizar os jovens para o desenvolvimento sustentável", considera ainda. Além da coordenação deste projecto, a ESE-IPVC presta apoio técnico e pedagógico às escolas do norte de Portugal envolvidas.

 

Com vista à sensibilização extensiva à Europa

Os modelos tradicionais de sensibilização dos cidadãos (via mass media e campanhas de divulgação científica) têm tido um efeito limitado. Envolver cidadãos neste estudo suscita uma oportunidade de conseguir uma maior receptividade. Esta foi já a visão subjacente do projecto pioneiro PEOPLE, e que mobilizou milhares de cidadãos na UE para ajudar a medir a exposição pessoal ao benzeno.

 

Mas a experiência do PEOPLE mostrou que não é suficiente envolver cidadãos como voluntários para que os meios tradicionais de sensibilização tenham automaticamente mais efeito. Com efeito, foi o projecto agregado PEOPLE-Cidadania que o CITIDEP levou a cabo, construindo uma rede de cientistas, técnicos, professores e alunos, trabalhando em profundidade com escolas de meios urbanos e meios rurais ao longo do ano lectivo, recorrendo a modernas tecnologias de informação e métodos pedagógicos inovadores, que demonstrou ser possível conseguir um impacto mais significativo e duradoiro.

 

Em consequência, o Institute for Environment and Sustainability, do Joint Research Centre IES/JRC (Comissão Europeia), líder do projecto PEOPLE, convidou Pedro Ferraz de Abreu, Presidente do CITIDEP e investigador do MIT, a apresentar uma nova proposta no Encontro de Maio 2005 do APHEIS, estrutura que agrupa cientistas especialistas da poluição do ar e de saúde pública de países europeus. Nasceu assim a proposta do Programa EuroLifeNet.

 

Um programa de referência

As Nações Unidas proclamaram 2005-2014 a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Temos por isso orgulho em que a Comissão Nacional da UNESCO tenha assinalado o EuroLifeNet como um dos projectos exemplares neste domínio (Dez. 2006). Por outro lado, todo o investimento feito em Escolas no sentido de as equipar com aparelhos de medida e de treinar professores no seu uso rigoroso, é um ganho a dobrar, tanto pelos dados que se obtêm, como pelo efeito de melhoria das condições de ensino.

 

Finalmente, a experiência tem demonstrado que quando alunos e professores sentem que o seu trabalho tem utilidade real directa e é importante para a sociedade em termos concretos, a sua motivação no processo de aprendizagem tende a aumentar com resultados significativos.

(Ciência Portugal, 15/05/2007)

 

 

 


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -