O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem (15/05) as mudanças promovidas pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Para Lula, Marina Silva deu "um sinal que depois de tantos anos era preciso que houvesse uma modernização".
"Então por que o Ibama está em greve? Eu não sei. Eu só sei que a ministra Marina depois de quatro anos de experiência no ministério propôs fazer mudanças, separar o que é licenciamento daquilo que é a preservação dos parques", avaliou o presidente.
Em seguida, Lula voltou a falar sobre a construção de novas hidrelétricas no Brasil, alvo de críticas de movimentos sociais e funcionários do Ibama. Segundo o presidente, no caso das duas hidrelétricas do Rio Madeira, o objetivo é combinar um "projeto perfeito e bom com um projeto ambiental perfeito e bom".
"São duas hidrelétricas importantes para o país. (...) São necessárias para o futuro desse país a partir de 2012. O que eu não posso é deixar o governo em 2010 e meu sucessor pegar um apagão. (...) E obviamente dizer que não vai faltar energia significa a gente tentar fazer todas as usinas hidrelétricas que são não poluentes, são renováveis e mais baratas."
De acordo com o presidente Lula, os problemas envolvendo a construção da hidrelétrica de Estreito (TO/MA) estão resolvidos e ela vai ser feita em breve, com a abertura de licitação para início das obras. A hidrelétrica de Estrito recebeu licença do Ibama, mas foi questionada pelo Ministério Público.
(Por Marcela Rebelo,
Agência Brasil, 15/05/2007)