Na última quinta-feira (10/05), o Ibama enviou à Superintendência de Meio Ambiente da Furnas Centrais Elétricas o pedido de novos esclarecimentos sobre o projeto das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. No novo documento, o instituto cobra da estatal - uma das responsáveis pelo projeto - a obtenção de novos documentos e de esclarecimentos a respeito de inconsistências do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) apresentado no final de 2006.
O pedido, assinado pelo atual diretor de licenciamento do Ibama, Valter Muchagata, solicita a obtenção de Laudo de Avaliação do Potencial de Malária, que é obrigatório para todo tipo de projeto em regiões onde a doença é endêmica, além da realização de estudos complementares sobre possíveis interferências no patrimônio histórico do estado de Rondônia e sobre os impactos das usinas em territórios indígenas da região (a pedido da Fundação Nacional do Índio).
Outros pontos do EIA que também mereceram a atenção da diretoria de licenciamento do Ibama estão relacionados à extensão da área de impactos diretos e indiretos do empreendimento. Segundo o Ibama, a Floresta Estadual de Rendimento Sustentado Rio Vermelho, que está dentro da área de impactos do projeto, não foi mencionada pelos estudos.
Também não foram citadas no EIA as áreas de conservação Florestas de Rendimentos Sustentáveis do Rio Madeira e Abunã, e a Reserva Extrativista do Lago Cuniã e sua Estação Ecológica. Segundo o Ibama, esses locais sofreriam com impactos indiretos causados pelas usinas.
(Por Mariane Gusan,
Amazônia.org, 14/05/2007)