BRASIL MANTÉM NÍVEIS DE DESTRUIÇÃO AMBIENTAL DESDE ECO-92
2001-11-06
Nove anos após a ECO-92, o Brasil vai chegar à Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), na África do Sul em 2002, sem ter conseguido reduzir a destruição do meio ambiente, uma das promessas feitas pelos países que participaram da conferência das Nações Unidas no Rio, em 1992. Entre 1992 e 2000, segundo dados do Fundo Mundial para a Natureza, o número de quilômetros quadrados desmatados anualmente na Amazônia subiu 44%, com crescimento maior no fim dos anos 90. Apenas entre 99 e o ano passado, a elevação foi de 15%. O mesmo ocorreu com a emissão de poluentes, como mostra levantamento do Ministério do Meio Ambiente. Há nove anos, os veículos brasileiros emitiam cerca de 3,9 milhões de toneladas de monóxido de carbono. Em 99, a cifra havia pulado para 4,8 milhões de toneladas. Por fim, as águas brasileiras também ficaram mais sujas. A Agência Nacional de Águas (ANA) estima que 5,1 milhões de quilos de carga poluidora eram jogados nos rios brasileiros em 92, passando para 6,5 milhões de kg em 2001, quase cinco vezes mais do que o limite máximo que os rios conseguem absorver em um ano. (OESP-4/11)