A Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Flor do Sertão está em fase de ajustes das máquinas e deve começar a operar em julho. A previsão é do diretor técnico do Consórcio Mauê, João Carlos Floss.
O empreendimento, realizado no Rio das Antas, entre Flor do Sertão e Descanso, tem capacidade de geração de 16,5 megawatts/hora, o suficiente para atender o consumo de 40 mil residências. Mas a energia média gerada em um ano deverá ficar em 9,4 megawatts.
A Eletrobrás comprou toda a produção dos próximos 20 anos. Floss informou que as cooperativas são grandes consumidoras de energia e por isso decidiram investir também na geração desta matéria-prima.
A obra, que iniciou em abril de 2005, custou R$ 45 milhões. Destes, R$ 31 milhões são financiados pela Caixa Econômica Federal. As PCHs não geram receita de royalties e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para estados e municípios. Mas geram outros impostos federais a partir da distribuição da energia.
A movimentação econômica da PCH deve refletir no aumento da movimentação econômica das cidades próximas. O prefeito de Flor do Sertão, Euclides de Barba, espera aumento no retorno do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em dois anos.
Município terá incremento na receita com o turismoO município também deve incrementar a receita mensal de R$ 320 mil, com a exploração do turismo. Cerca de 10 casas estão em construção nas proximidades do lago.
A Mauê informou que o lago pode ser utilizado para lazer, desde que respeitada a legislação ambiental e a área de preservação permanente no entorno do lago, que é de 30 metros a partir o nível da água.
O lago tem 150 hectares de extensão de 10,5 quilômetros de comprimento. Uma das vantagens das PCHs é o baixo impacto social e ambiental. Para a construção da usina foram indenizados 236 hectares e, apenas um morador teve que ser remanejado.
(Por Darci Debona,
Diário Catarinense, 15/05/2007)