O mundo terá mais de um bilhão de refugiados até 2050, como conseqüência do aquecimento global. O fenômeno ambiental vai agravar conflitos e intensificar as existentes e criar novas catástrofes naturais. No relatório "Maré humana: a verdadeira crise migratória", que será publicado nesta segunda-feira (14/05), a organização Christian Aid lançou uma "advertência sem rodeios sobre o ritmo acelerado dos deslocamentos de população no século 21".
"A quantidade de pessoas que deixaram suas casas por causa dos conflitos, das catástrofes naturais e dos grandes projetos de desenvolvimento (minas ou represas) já é surpreendentemente elevada, algo em 163 milhões", diz o relatório da organização não-governamental. O estudo pede que a comunidade internacional para tome fortes medidas de prevenção.
O texto afirma que a mudança climática terá como conseqüência uma intensificação dos fatores atuais de migração forçada e acelerará a "crise migratória emergente"."Estimamos que a migração forçada é, agora, a ameaça maior para as populações pobres nos países em desenvolvimento", disse em um comunicado John Davison, um dos autores do informe. A Christian Aid foi criada para ajudar os refugiados da Segunda Guerra Mundial.
(France Presse/ Folha Online, 13/05/2007)