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comércio ilegal de animais
2007-05-11

O caçador ilegal de animais selvagens conta com um novo aliado: a internet. É o que dizem os ambientalistas, dispostos a "domesticar" o crescente comércio clandestino de seres silvestres vivos e de produtos como o marfim, peles e chifres. "O comércio ilegal aumentou de forma exponencial devido à facilidades da venda pela internet", disse Lynne Levine, porta-voz da organização Fundo Internacional para o Bem-estar Animal (IFAW).

 

Seu grupo iniciou uma campanha de cartas dirigidas ao site de leilões on-line eBay nos países europeus, pedindo que recusem as vendas de animais silvestres ou de produtos feitos com eles, principalmente enfeites em marfim e feitos de chifres de rinocerontes. "Uma grande parte dos artigos comercializados de forma ilegal na internet é de produtos manufaturados de marfim", afirmou Michael Wamithi, responsável pelo programa de elefantes do Quênia.

 

"O impacto desta venda pela internet é sentido mais profundamente em países cujos territórios são hábitat para os elefantes", declarou Wamithi há alguns dias em discurso no Congresso americano. Wamithi foi de Nairóbi a Washington para fazer pressão pelo fim das vendas on-line de marfim e de outros produtos animais ilegais. A questão será discutida em uma conferência internacional da Convenção sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestres (CITES), em junho deste ano.

 

A CITES é um acordo internacional entre 171 países, cujo objetivo é impedir que o comércio internacional de animais e plantas silvestres se torne uma ameaça à sua sobrevivência. Na reunião do mês que vem, a Alemanha, representando a União Européia, promoverá a idéia de "patrulhar" a internet, onde produtos feitos de animais em extinção, como tigres e tubarões, são vendidos como cataplasmas sem nenhum valor medicinal.

Vinte e seis toneladas de marfim foram confiscadas em todo o mundo nos últimos 18 meses, segundo Levine. "Acreditamos que isso seja apenas 10% do que é comercializado", afirmou.

 

Grande parte disso acaba sendo vendida no site americano de leilões eBay que, apenas enquanto Levine falava, oferecia 385 items feitos de marfim, desde pequenos enfeites até um "magnífico bote de marfim de elefante de um metro e meio", com valor inicial de 30 mil dólares. Havia inclusive o endereço do vendedor em Nova York.

 

Poucos artigos no site americano do eBay dizem ser "anteriores à proibição do marfim", mas essa afirmação não significa muito, disse Levine, que compara o comércio de marfim à venda de diamantes, mas sem o Processo Kimberly, que desde 2003 certifica as gemas internacionais e tenta identificar sua origem.

 

Entretanto, um produto de marfim com certificado de autenticidade anterior à proibição internacional de 1947 não aumenta seu preço - e isso acontece porque o cumprimento da lei é pouco fiscalizado, explicou Levine. "As pessoas vendem porque acreditam que não serão punidas, e até agora é exatamente isso que tem acontecido", lamenta a ativista.

 

Nos países onde os ecologistas entraram em contato com o eBay e outros sites de leilões pela internet, "as ofertas de marfim tiverão uma redução de 98%", segundo Levine.

Ela disse ainda que ficaria feliz se cada vez que uma pessoa tentasse oferecer um artigo ilegal pela internet aparecesse um alerta sobre as implicações morais e legais de comercializar a vida silvestre.

 

Até agora, os ecologistas tiveram sorte com o eBay na Alemanha, país que irá coordenar a proposta de vigiar as vendas online durante a 14ª reunião da CITES em Haya, na Holanda, que acontece de 3 a 15 de junho. Os escritórios do eBay nos Estados Unidos não atenderam a nenhum dos telefonemas da reportagem.

(France Presse, Correio Brasiliense, 10/05/2007)

 


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