(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
PAC
2007-05-11
Trabalhadores exigem que o governo derrube a Medida Provisória 366/07, que determina a divisão do órgão e a criação do Instituto Chico Mendes. Setores de fiscalização e licenciamento ambiental serão afetados.

RIO DE JANEIRO – A cúpula do Ministério do Meio Ambiente (MMA) bem que tentou, mas não adiantaram os esforços realizados ao longo da semana para convencer os trabalhadores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de que as mudanças na estrutura do órgão e a criação do Instituto Chico Mendes seriam boas para todos. Reunidos em plenária nacional nessa quinta-feira (10), os servidores do Ibama decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira (14), para exigir que o governo derrube a Medida Provisória 366/07, que determina a divisão do órgão e a criação do novo instituto.

Segundo a Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), cerca de 300 trabalhadores participaram da plenária nacional, que só não contou com representante de Alagoas. A representatividade da reunião, que aconteceu em Brasília, indica que o movimento de resistência às mudanças no Ibama deve duplicar sua força. “Estávamos em estado de greve desde a semana passada, mas agora decidimos pela paralisação total e por tempo indeterminado. Os servidores do Ibama querem o fim da MP 366/07 e, até que isso aconteça, vão paralisar todas as suas atividades, inclusive nos setores de fiscalização e licenciamento”, afirma Lindalva Cavalcanti, presidente da Asibama no Distrito Federal.

Além do Instituto Chico Mendes, algumas das competências do Ibama, segundo a MP 366/07, serão repassadas para o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), fato que só aumenta a insatisfação dos servidores. “Ao dividir o Ibama em três, o governo vai fragmentar a gestão ambiental que, no Ibama, era feita de forma integrada. É uma decisão, caso essa aberração siga adiante, que vai aumentar a burocracia, atrapalhar a gestão e até mesmo colocar em risco o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, avalia Lindalva.

Numa prévia do que podem ser as mobilizações da próxima semana, cerca de 400 servidores do Ibama realizaram na quarta-feira (9) uma manifestação contra a MP 366/07 em plena Esplanada dos Ministérios. Empunhando faixas e cartazes com palavras de ordem contra o Instituto Chico Mendes, os manifestantes saíram da Catedral Metropolitana e marcharam até a frente do prédio do MMA, onde promoveram um apitaço. Em seguida, levaram o protesto até o Congresso Nacional e à Praça dos Três Poderes, parando em frente ao Palácio do Planalto.

A Asibama alega que a MP 366/07 é irregular, pois, além de “contrariar a Constituição ao quebrar a unicidade da gestão ambiental”, ela também fere “o princípio da economicidade, que veda a criação de um órgão para realizar atividades já desenvolvidas por outro”. Os servidores do Ibama também se queixam de que a MP foi elaborada sem que eles fossem chamados a opinar. “Sem ao menos consultar os servidores ou propor um debate mínimo da sociedade sobre a questão, o governo contradiz o discurso de gestão participativa e compartilhada para o Ibama. Com isto, assume uma posição pouco transparente que parece ainda atabalhoada e sem planejamento prévio”, afirma uma nota divulgada pela Asibama.

Lindalva Cavalcanti afirma não ser verdadeira a versão, difundida pelo governo, de que as mudanças no MMA e no Ibama já vinham sendo discutidas e amadurecidas internamente nos últimos anos. “As mudanças jamais foram discutidas conosco nesses últimos quatro anos. Essa decisão foi repentina e encomendada por setores do governo que fizeram o MMA de refém. Foi fruto da pressão de setores produtivos que querem o desenvolvimento a qualquer custo, sem respeitar à legislação ambiental. Os servidores do Ibama deveriam ter sido procurados durante o processo de discussão, pois temos experiência acumulada ao longo desses 18 anos de existência do órgão. Se o objetivo fosse mesmo fortalecer o Ibama, como quer nos fazer crer o governo, teríamos sido chamados para discutir”.

(Por Maurício Thuswohl, Agência Carta Maior, 10/05/2007)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -