O futuro do planeta depende de projetos de sustentabilidade urbana, segundo os participantes do painel "Cidades Sustentáveis", que integrou o seminário sobre energias de fontes renováveis, encerrado na tarde desta quinta-feira (10/05) na Câmara dos Deputados. A redefinição dos modelos de transportes e de ocupação do solo foi apontada como uma medida inadiável pelos representantes do Ministério das Cidades. "Os automóveis e os ônibus são os grandes vilões na emissão de poluentes, daí a necessidade de integração entre os meios de transportes e do incentivo ao uso da bicicleta", afirmou o gerente de integração das políticas de mobilidade do ministério, Augusto Valerio.
Segundo ele, já está em funcionamento o programa Bicicleta Brasil, cujo objetivo é oferecer subsídios às prefeituras que tenham interesse nas ciclovias. E está em fase de elaboração, pelo ministério, o marco regulatório da mobilidade urbana, que tem entre suas metas incentivar a construção de ciclovias.
Solo e lixoA secretária de Habitação do Ministério das Cidades, Inês da Silva Magalhães, disse que, sem o uso sustentável do solo, não é possível existir cidade sustentável. Outro desafio apontado por ela é o barateamento das tecnologias alternativas, para popularizar o uso de energia solar e de outras fontes renováveis.
O pesquisador Sérgio Vieira Guerreiro Ribeiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que o aproveitamento do lixo para a geração de energia é um dos principais fatores no desenvolvimento de projetos de cidades sustentáveis. "O sistema é viável e de grande importância para reduzir o acúmulo de resíduos em aterros e lixões", afirmou Ribeiro.
O seminário "Energia de Fontes Renováveis", que aconteceu por iniciativa do deputado Eduardo Valverde (PT-RO), foi organizado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Minas e Energia, com o apoio do
Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica.
(Por Antônio Barros,
Agência Câmara, 10/05/2007)