Somente com uma integração uniforme entre os órgãos públicos e a sociedade o Plano Estadual de Irrigação será implementado com sucesso no Rio Grande do Sul. A opinião é do secretário extraordinário de Irrigação, Rogério Porto, que participou nesta quinta-feira (10) de audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, presidida pelo deputado Adolfo Brito (PP). O andamento do projeto e seus desafios também foram avaliados pelo secretário da Agricultura, João Carlos Machado.
Até agora cerca de 390 municípios foram informados pela Secretaria Extraordinária de Irrigação sobre a implementação do plano, sendo que 140 já estão aderindo à iniciativa. Durante a explanação, Porto explorou quatro eixos essenciais para desenvolver os projetos de irrigação no Estado. A cooperação entre as instituições, diálogo com a comunidade, capacitação de técnicos e agricultores, além da realização de grandes obras. “Precisamos preparar e qualificar a produção agrícola gaúcha para enfrentar dificuldades climáticas que comprometam sua sustentabilidade”, disse o secretário extraordinário de Irrigação.
Até o final do ano, a idéia é qualificar 450 técnicos agrícolas no Interior do Estado, 300 da Emater/RS e 150 de outras entidades ligadas ao setor. O presidente da Emater/RS, Mário Nascimento, disse que a capacitação já iniciou e que a meta é qualificar os técnicos até o final de julho, preparando nove mil agricultores gaúchos até o final de 2007. “Temos que mostrar aos produtores que a irrigação consiste numa tecnologia de produção que precisa ser aplicada para garantir bons resultados”, completou Nascimento.
O secretário de Agricultura ratificou o total apoio ao plano, destacando que o Departamento de Comandos Mecanizados (DCM) disponibilizará infra-estrutura para concretização das obras necessárias. “Não mediremos esforços para fortalecer a cadeia produtiva gaúcha”, disse Machado. O presidente da Comissão de Agricultura destacou as perdas dos produtores gaúchos nos últimos anos em decorrência de estiagens, que comprometeram grande parte das safras agrícolas.
Durante a audiência pública, também foram debatidas as dificuldades estruturais enfrentadas por alguns órgãos estaduais, com destaque a morosidade na emissão de licenças ambientais para atender os projetos agrícolas. “É necessário uma unidade de ações para que o Plano Estadual de Irrigação não seja comprometido pela falta de estrutura”, resumiu Brito.
(Por Joana Colussi, Agência de Notícias AL-RS, 10/05/2007)