Os vereadores de Florianópolis aprovaram, ontem (09/5), a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o envolvimento de servidores e autoridades municipais com possíveis irregularidades na emissão de licenças ambientais, a chamada CPI da Moeda Verde.
O requerimento foi proposto pelos vereadores Angela Albino (PC do B) e Xandi Fontes (PP) – ambos de oposição.O documento teve a assinatura de sete vereadores – um a mais do que o mínimo necessário. Além de Angela e Fontes, assinaram Jaime Tonello e Ptolomeu Bittencourt (ambos do DEM) e os governistas João Batista Nunes (PDT), Jair Miotto (PTB) e Gean Loureiro (PSDB). Agora os partidos precisam indicar os membros para que a CPI seja instalada.
Horas antes da sessão, a CPI se tornou subitamente uma unaminidade entre os vereadores. Mas nem todos queriam a mesma CPI. Orientado pelo prefeito Dário Berger, o líder do PSDB, Deglaber Goulart, chegou a anunciar em plenário o apoio da base aliada à investigação, propondo que ela fosse mais ampla, atingindo também emprendimentos mais antigos – leia-se autorizados na gestão anterior da prefeita Angela Amin (PP).
"Nosso requerimento tem um fato determinado, como manda a lei, que é a Operação Moeda Verde, e se novos fatos surgirem eles serão investigados, sem problema, mas não vamos admitir uma operação fumaça do prefeito", disse Angela.
O vereador Juarez Silveira (sem partido) está preso e o vereador afastado e atual presidente da Santur, Marcílio Ávila, teve a preventiva decretada, mas não chegou a ser detido. Ávila chegou a afirmar ontem que é a favor CPI. Ex-presidente do Legislativo municipal, Ávila disse que, por não dever nada, também não está preocupado com os processos da Comissão de Ética da Casa.
Alegando não ter autorizado nenhuma irregularidade para beneficiar o Floripa Shopping, Ávila frisou que continuará apoiando qualquer empreendimento que seja bom para a cidade e obedeça normas legais.
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A Notícia, 10/05/2007)