Sanha pelo lucro foi, durante muito tempo, a maior responsável pelas atrocidades cometidas contra a natureza, num processo em que justiça social também costumava ficar relegada ao último plano. Felizmente, um número cada vez maior de empresas já percebeu que investimentos no campo sócio-ambiental, longe de caminharem dissociados do lucro, podem se traduzir em ganhos efetivos, a médio e longo prazos.
Esses investimentos não só agregam valor àquelas marcas. Tornaram-se instrumento de sedução a um tipo de consumidor mais consciente, que passou a exigir esse comprometimento com um mundo melhor – ou que, pelo menos, dá preferência às organizações que o demonstram na prática.
Apresentar alguns casos de sucesso no universo de quem colhe resultados ao alinhar teoria à contribuição para o desenvolvimento sustentável é justamente um dos objetivos do I Congresso On Business Responsabilidade Socioambiental. O evento acontece em 14 de junho, em São Paulo, com a proposta dos executivos participantes receberem uma visão global de como desenvolver um projeto socioambiental responsável, a partir do conhecimento de leis, incentivos e estratégias neste sentido. “A empresa que investe em responsabilidade socioambiental lucra em imagem e em mercado”, resume Adriana Bravim, vice-presidente e diretora de Comunicação da Oscip paulistana Bio-Brás, promotora do evento, em parceria com a Grube Editorial.
A própria editora é um exemplo desse movimento. Já experiente na promoção de eventos direcionados à tecnologia de informação, ela resolveu entrar nesta nova seara, a socioambiental, embalada pela demanda crescente por conhecimentos na área. Um dos casos a ser apresentado é o da empresa de cosméticos Natura. “Depois que ela adotou a abordagem de atestar preocupação com o meio ambiente, cresceu seu faturamento”, diz Adriana.
(Mônica Pinto,
AmbienteBrasil, 10/05/2007)