Assinado há mais de dois meses, o novo contrato da Prefeitura de Cachoeira do Sul com a empresa Conesul ainda espera uma ordem de serviço para ter início, quando o lixo produzido na cidade passará a ter novo destino: jazidas de carvão desativadas em Minas do Leão. Antes de trocar o destino dos resíduos, o prefeito Marlon Santos pretende ter em mãos um projeto de revitalização do aterro sanitário municipal, na localidade de Ferreira, que hoje recebe diariamente o lixo da cidade. “Não adianta mudar o destino e abandonar o aterro. Quero evitar incomodação na Justiça, por isso antes de levar o lixo para Minas do Leão, vamos ter um projeto de execução imediata para melhorias no aterro”, explica o prefeito Marlon Santos.
O novo contrato da Prefeitura com a Conesul, de Santa Cruz do Sul, prevê recolhimento, transporte e tratamento do lixo produzido no município. Esse documento assinado pelo prefeito Marlon Santos e por diretores da empresa santa-cruzense representa um consumo mensal de R$ 155.539,20 dos cofres do Município e inclui o pagamento pelo depósito do lixo em jazidas de carvão desativadas de Minas do Leão, a cerca de 100 quilômetros de Cachoeira. O contrato da Conesul com a Fil Soluções Ambientais, de Minas do Leão, é independente da Prefeitura de Cachoeira do Sul, por isso não é necessário que o destino do lixo da cidade passe por processo licitatório.
Lixo de Cachoeira
> A previsão de Marlon Santos é de que a partir do mês que vem as cerca de 42 toneladas diárias de lixo produzidas pelos cachoeirenses passem a ser levadas para Minas do Leão
> Para cada mil quilos de lixo depositados nas jazidas desativadas são cobrados, em média, R$ 30,00. A conta do depósito do lixo de Cachoeira em Minas do Leão será paga pela Conesul, conforme previsto em concorrência pública vencida pela empresa de Santa Cruz
> O prefeito Marlon Santos também pretende implantar um sistema de coleta de lixo seletiva na cidade. Para executar essa proposta, ele aguarda a mobilização de voluntários para conscientizar a comunidade da importância de separar o lixo seco do orgânico
Como está a mobilização pró-coleta seletiva?
Quem responde é a coordenadora dos voluntários, professora Maria Inês Vanti: “Continuamos nos reunindo mensalmente e buscando mais voluntários para o trabalho de conscientização. Estamos fechando parcerias importantes, como com escolas e com a Pastoral da Ecologia, da Igreja Católica”.
(Jornal do Povo, 09/05/2007)