Apesar do risco de multa, moradores de São Leopoldo, no Vale do Sinos, seguem desperdiçando água.
Pelo menos é o que indicam os dados do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae). Estima-se que 40% da água tratada na cidade é desperdiçada. Antes do decreto de racionamento assinado pelo prefeito Ary Vanazzi (PT) em 26 de fevereiro, havia, em média, 40 queixas de desperdício por mês, quase o mesmo número do mês passado (39).
Com vigência até o dia 26 deste mês, o decreto proíbe o uso da água tratada para lavagem de carros, calçadas e paredes, para a irrigação de jardins e gramados ou para a reposição em piscinas, sob pena de multa, que varia de R$ 107 a R$ 380.
Desde que o decreto foi assinado, só duas multas foram aplicadas, a um edifício residencial no Centro.
- Estavam lavando a fachada de um prédio de 16 apartamentos, e houve reincidência - afirma o ouvidor do Semae, Diego Corrêa Chaves.
Chaves salienta que, em março, chegaram ao Semae 113 queixas. Ele acredita que o alto índice de ligações no primeiro mês do decreto foi conseqüência da divulgação. Os fiscais visitaram 77 residências e, em 53 delas, houve confirmação de desperdício. As queixas voltaram aos índices normais, mostrando que a multa não intimidou os gastadores.
A multa
Varia de R$ 107 a R$ 380 para quem for flagrado desperdiçando água tratada
Queixas
Antes do decreto: 40 por mês, em média
De 26 de fevereiro ao final de março: 113. Foram 77 fiscalizações, 53 casos confirmados e duas multas
Em abril: 39. Foram 24 fiscalizações, seis casos confirmados e nenhuma multa
(Por Carla Dutra, Zero Hora, 09/05/2007)