Representantes da União Protetora do Ambiente Natural (Upan) se reúnem na próxima quinta-feira (10/5), às 10 horas, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para tratar de propostas para a organização da São Leopoldo Fest, a ser realizada a partir do próximo dia 15 de julho. A Upan quer propor à organização do evento que, entre outras medidas, sejam plantadas árvores para compensar a emissão de dióxido de carbono durante a festa. Representantes da Prefeitura de São Leopoldo estarão presentes na reunião.

“Nós nos propomos a realizar o cálculo das emissões”, afirma o vice-coordenador da Upan, Manuel Strauch. Para tanto, serão avaliadas as emissões de gases de veículos usados na organização do evento e pela população nos dias da programação, como ônibus e carros. Também serão medidas a quantidade de energia elétrica e água empregada durante a São Leopoldo Fest, bem como a emissão de efluentes gerados no local.

O cálculo será realizado com base em estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), que indicam o número de árvores necessárias para compensar cada tonelada de dióxido de carbono emitida. A Upan quer ainda que seja promovida a coleta seletiva do lixo produzido durante a festa. “Seria interessante que o trabalho fosse repassado a uma cooperativa”, afirma Strauch. Durante a São Leopoldo Fest, a entidade vai promover também uma passeata com bicicletas.

“Esta é uma campanha antiga da Upan: queremos mais espaço nas vias para as bicicletas, que não contribuem para o efeito estufa”, defende Manuel Strauch. A Prefeitura prometeu analisar as propostas. Na semana passada, o governo do Amazonas propôs à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) compensar a emissão de gases durante a Copa do Mundo de 2014, que provavelmente terá o Brasil como sede, com a preservação da floresta amazônica. Até agora, a idéia é compensar cada tonelada de carbono emitida por conta da Copa com um valor fixo a ser depositado em um fundo financeiro ambiental.

Os recursos seriam investidos na implementação de áreas protegidas e no apoio a atividades florestais sustentáveis por meio do financiamento de comunidades que prestam serviços ambientais na Amazônia. Especialistas que trabalham no Amazonas estimam que cada hectare de floresta no estado armazena, em média, 200 toneladas de carbono. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ficou empolgado com a proposta. “A Amazônia tem grande importância no contexto mundial e é impossível ficar fora dos projetos que temos apresentado para o Brasil sediar a Copa de 2014.”
(Jornal VS, 08/05/2007)