A obra que prevê a conclusão da Avenida Leste–Oeste, interligando as avenidas Três Barras, no Bairro Tiradentes, e Ernesto Geisel (Norte–Sul), no Bairro Guanandi, em Campo Grande, deve ser finalmente concluída e entregue à população neste ano, no aniversário da cidade (26 de agosto); isso depois de 14 anos do início do projeto. Conforme o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), a última etapa do trabalho – o trecho que corta a reserva ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), da Rua Paranoá, no Residencial do Lago, até a Avenida Filinto Müller – custará cerca de R$ 2 milhões.
Os trabalhos nesse trajeto já foram iniciados na semana passada. O intuito da Prefeitura Municipal é inaugurar o término da revitalização do Córrego Bandeira com a realização de uma maratona, para comemorar, além do aniversário da cidade, também a ligação das regiões leste e oeste com as regiões norte e sul da cidade, a partir da nova avenida.
A maratona, segundo o prefeito, teria início na Três Barras e encerramento na Ernesto Geisel. "O nosso objetivo é entregar a Leste–Oeste até o dia 26 de agosto e aí realizar na data a maratona, algo ainda inédito na Capital", observou.
Último trechoEste último trajeto da Leste–Oeste, via que ficou conhecida também como Avenida Ecológica, tinha o custo inicial de R$ 1,5 milhão. Contudo, o projeto teve de sofrer alterações para fazer o desvio da reserva ecológica da UFMS e acabou custando cerca de R$ 2 milhões, de acordo com Nelsinho Trad.
"Nós estendemos o trecho, fazendo totalmente o contorno da reserva e isolando-a com uma cerca para que os animais não avancem na avenida. Contudo, para isto, também tivemos que desapropriar área particular, onde irá passar esse novo contorno", explicou.
Essa última fase da obra do Bandeira tinha prazo para ser finalizada ainda no ano passado. Contudo, graças à realização da mudança no projeto inicial, este teve de ser encaminhado novamente ao Ministério da Integração Nacional para ser aprovado. Somente no mês passado a prefeitura recebeu o aval de Brasília para a conclusão da obra.
VandalismoContudo, mesmo com a avenida ainda não liberada, parte da cerca que separa a reserva ecológica da universidade já foi danificada. Um buraco feito no alambrado mantém uma trilha existente no meio da mata e deixa espaço para a circulação de animais silvestres da reserva na via.
(Por Aline Avancini,
Correio do Estado, 08/05/2007)