A Polícia Federal, através de sua assessoria de comunicação social, rebateu ontem (07/05) a avaliação do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), que chamou de "pirotécnica" a Operação Moeda Verde.
Para a PF, não houve nenhum "espetáculo" e a presença da mídia ocorreu da mesma forma que em outras operações.
- A diferença é que, desta vez, os envolvidos são pessoas conhecidas: empresários, políticos e servidores públicos. Se fosse um "joão" qualquer, a avaliação seria outra - disse Ídia Assunção, responsável pela assessoria de Comunicação Social.
A servidora lembrou que a investigação durou nove meses e que a PF cumpriu 22 mandados judiciais em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Confirmou que os jornalistas foram informados, pela assessoria, mas quando a operação já estava deflagrada. Não houve vazamento na imprensa, o que poderia ser prejudicial em termos de investigações.
Os profissionais de imprensa, então, deslocaram-se para o prédio da Superintendência da PF, na Avenida Beira-Mar Norte. Dali puderam acompanhar a chegada dos camburões trazendo os investigados, o que resultou em imagens que tiveram repercussão junto à opinião pública.
Para Ídia Assunção, informar os veículos de comunicação sobre as atividades da PF "é uma das funções da assessoria de comunicação". Disse que não houve pressão do Planalto para dar ares de espetáculo para a Operação Moeda Verde, que, como de praxe, sabia da atividade:
- O ministro da Justiça (Tarso Genro) é informado sobre as operações. Além dos policiais que atuam na investigação, outros servidores dão apoio logístico - disse.
Com isso, explicou, é natural que federais de outros estados sejam deslocados para atuar fora de sua base. A delegada que comanda a operação em SC é carioca e formou-se, em 2002, em Direito, na UFSC.
(Por Ângela Bastos,
Diário Catarinense, 08/05/2007)