Assembléia popular decide pela anulação das concessões a mineradoras, a saída imediata das empresas transnacionais e a suspensão de todo tipo de atividades das mineras. Esta foi a terceira concentração convocada pela Assembléia Pró-defesa do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Pijilí, Chaucha, Gara e Jagua e foi realizada em Pijilí, na altura do rio San Vicente.
Todas as intervenções na assembléia ratificaram as opiniões dos encontros já realizados. O Ministério do Meio-ambiente da província de Azuay, através de sua representação afirmou "que não se pode permitir que continue ali a atividade mineira, pois não se possui nenhum tipo de estudo sobre o impacto ambiental".
Entretanto, sabe-se que os estudos de impacto ambiental para os projetos mineiros são aprovados pelo próprio Ministério de Energia e Minas, já que em virtude da Lei Trole II, todas as competências ambientais estão diretamente na Sub-secretaria de Proteção Ambiental do próprio Ministério de Energia e Minas (ou seja, eles são juiz e parte). "Assim, não sabemos exatamente a que se referia o funcionário do Ministério do Meio Ambiente", afirma a Coordenadoria Camponesa Popular, que estava presente na assembléia.
De sua parte, a Direção Regional da Mineradora de Austro, disse "que é possível realizar uma mineradora sustentável, uma mineradora que respeite o meio ambiente e tenha responsabilidade social". Acrescentou que as empresas que se encontravam trabalhando no setor disseram não saber que as licenças ambientais haviam sido suspensas. Entretanto, não apresentaram nenhum documento oficial.
Após a apresentação dos convidados, Lina Solano, da Coordenação Camponesa Popular, esclareceu as razões pelas quais a Coordenação Nacional em Defesa da Vida e da Soberania disse "Não" ao diálogo com os mineiros e ratificou a decisão de chamar o povo equatoriano para um levantamento popular contra as mineradoras, o que deveria ser feito brevemente. Por fim, os e as participantes decidiram ratificar a oposição à mineradora e dar um prazo para que as empresas se retirem da jurisdição dos rios Pijilí, Chaucha, Gala e Jagua.
(Secretaria de Imprensa da Coordenação Camponesa Popular, 07/05/2007)