O Grito da Terra começou, ontem (7/5), no Rio Grande do Sul com uma agenda lotada de reivindicações junto a órgãos do governo e secretarias estaduais. 'Todos os nossos pleitos foram bem recebidos, mas a definição dependerá da governadora Yeda Crusius', explica o presidente da Fetag, Elton Weber. Em reunião na Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o dirigente solicitou agilidade na liberação das licenças ambientais e a regionalização da Fepam. O secretário interino do Meio Ambiente, José Carlos Breda, garantiu que serão mantidas as definições da ex-secretária Vera Callegaro. Entre as demandas, está o zoneamento da silvicultura, o licenciamento dos produtores de carvão em nível municipal e a redução das taxas de licenciamento da Fepam. A Fetag ficou de auxiliar a Sema no sentido de estimular as prefeituras para que assumam a liberação do licenciamento, o que desafogaria os processos parados na secretaria.
No encontro com a Caixa Econômica Federal, a Fetag pediu facilidade de acesso dos produtores às informações do FGTS. Outra pauta foi apresentada à Secretaria de Segurança, solicitando a criação de um plano de combate ao abigeato, aos furtos de produtos agrícolas e de propriedades rurais. Os agricultores também querem que seja autorizado o tráfego de máquinas agrícolas em vias públicas na época do plantio e da colheita.
O presidente da Fetag espera que a agenda de hoje também tenha boa repercussão. Pela manhã, a reunião será na Delegacia Regional do Trabalho. À tarde, as tratativas seguem no Ministério Público do Trabalho, na Superintendência do Banco do Brasil, nas secretarias da Justiça e Desenvolvimento Social e da Agricultura. O ápice do movimento será amanhã, quando 5 mil agricultores farão manifestações na Capital.
(Correio do Povo, 08/05/2007)