O advogado Aroldo Camillo, que defende o dono do Costão do Santinho, Fernando Marcondes de Mattos, garantiu que o cliente ligou para funcionários de órgãos públicos somente para pedir agilização de processos, e nunca para negociar a compra de licenças ambientais.
Camillo disse que há 20 anos o empresário é amigo do vereador Juarez Silveira, apontado como líder do suposto esquema de comercialização de alvarás. O advogado afirmou que o cliente está tranqüilo e não existe nada contra ele.
De acordo com Camillo, Marcondes prestou depoimento durante cinco horas, assim que chegou no prédio da Polícia Federal, na Capital, na quinta-feira. Foram feitas cerca de 90 perguntas referentes ao conteúdo de gravações telefônicas. Depois de ser ouvido, o empresário foi levado para a sala de custódia da Polícia Federal, onde permaneceu por 36 horas.
O advogado afirmou que seu cliente reclamou ter sofrido um "estrago violento" na sua imagem. Camillo disse que se no final da Operação Moeda Verde nada for provado contra o dono do Costão do Santinho vai estudar a possibilidade de procurar medidas reparatórias.
Ontem à tarde, Marcondes se reuniu com a equipe de marketing para avaliar quais estratégias deve adotar. Depois das 19h, o empresário foi até a Casa D'Agronômica, residência oficial do governador, participar de um jantar.
Na quinta-feira (03/05), dia em que foi preso, o empresário estava fazendo a caminhada matinal quando os policiais federais chegaram ao Costão do Santinho.
(Por Felipe Pereira,
Diário Catarinense, 07/05/2007)