Apenas quatro dos 19 presos na quinta-feira passada sob suspeita de envolvimento com a comercialização de licenças ambientais continuam na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Florianópolis. A delegada Júlia Vergara indicou a possibilidade de pedir a prisão preventiva dos suspeitos hoje, último dia do prazo para entrar com a solicitação.
Na tarde de ontem (06/05), o empresário Carlos Amastha, ex-dono do Floripa Shopping, depôs na instituição. Sábado, cerca de 200 pessoas se agruparam em frente ao prédio da PF, na Avenida Beira-Mar Norte, em uma manifestação de apoio às investigações.
O vereador Juarez Silveira e o secretário da Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp), Renato Joceli de Souza,são os que permanecem na carceragem da PF, na Capital, junto com Rubens Bazzo, funcionário da Susp, e André Luiz Dadam, que ocupava um cargo comissionado na Fatma. Ambos foram transferidos para a PF no sábado.
Carlos Amastha chegou à sede da PF por volta das 15h e saiu às 18h. De acordo com ele, que não considerou um depoimento, mas declarações voluntárias, já que não foi chamado pela polícia, a Operação Moeda Verde, que é responsável pelas prisões, significa uma "oportunidade de passar a cidade a limpo".
- Vim esclarecer alguns fatos, pois há dois anos fiz denúncias que, de alguma maneira, podem se relacionar com os últimos acontecimentos - explicou.
O empresário aproveitou para dizer que o Floripa Shopping, empreendimento construído sob sua responsabilidade, não deve nada para a Justiça e considerou os termos de ajustamento de conduta "uma hipocrisia", por não satisfazer as exigências ambientais.
Com relação ao vereador licenciado e presidente da Santur Marcílio Ávila, único que ainda não se apresentou à polícia, Amastha disse que é seu amigo pessoal e uma pessoa "das melhores".
Ainda no sábado, foram liberados Aurélio Paladini, Rodrigo Bazzo, Hélio Chevaria, Péricles de Freitas Druck, Fernando Soledade, Itanoir Cláudio, Marcelo Vieira Nascimento, Francisco Rzatki e Paulo Cezar Maciel da Silva, que não chegou a ser detido, prestando depoimento apenas.
(Por Mariana Ortiga,
Diário Catarinense, 07/05/2007)