INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE INVESTE PESADO EM BIOTECNOLOGIA
2001-11-05
A indústria brasileira de papel e celulose está investindo alto no desenvolvimento da sua principal matéria-prima: o eucalipto. Aracruz, Votorantin Celulose e Papel, Bahia Sul, Ripasa, Klabin, Cenibra e Cia Suzano gastaram, juntas, US$ 18,2 milhões na modernização dos viveiros de mudas da planta nos últimos anos. Os viveiros são estratégicos para o setor, por isso, o investimento em biotecnologia é a grande arma para o futuro. Para aumentar a produtividade e reduzir custos a indústria adota práticas de melhoramento genético e manejo florestal. Além dos gastos iniciais, os grupos investem mais US$ 6 milhões por ano, com exceção da Ripasa que terceiriza essa atividade. - Sem viveiro, não há celulose e papel, diz Luiz Cornacchioni, gerente de planejamento da Suzano. O eucalipto exige muitos cuidados; sua muda precisa passar um tempo no viveiro. Assim, reproduze-se as condições climáticas e de solo de cada floresta. Depois de adaptado, a muda é transferida para a mata. Apesar do trabalho, domesticar o eucalipto é um grande negócio. Dados da Suzano e VCP demonstram que a produção de celulose por hectare pode duplicar ou até mesmo triplicar sem aumentar a base florestal, o que resulta em uma redução de custos. (Valor/B2-4/11)