A produção de biocombustíveis apresenta tanto oportunidades como riscos à segurança alimentar na América Latina e Caribe. A conclusão consta de estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua visita ao Chile, na última quinta-feira (26). O documento foi elaborado por especialistas de vários países e técnicos da FAO e de outras organizações nas áreas de energia, clima e meio ambiente a partir da crescente polêmica sobre o impacto da produção de bionenergia. Uma das críticas refere-se ao desvio de matéria-prima que serviria de alimento para a produção de combustíveis.
Também há preocupação com a perda de biodiversidade devido à destinação de grandes superfícies de terra à monocultura – atualmente, são produzidos biocombustíveis de cana-de- açúcar, milho e azeite de palma. Reunidos em Roma, no mês passado, especialistas do mundo todo avaliaram o potencial global da bioenergia e os possíveis impactos do rápido crescimento dessa indústria na segurança alimentar. Também identificaram caminhos para a produção sustentável de biocombustíveis. O próximo passo será o lançamento, pela FAO, da Plataforma Internacional de Bioenergia (IBEP), destinada a governos e potenciais investidores, com diretrizes sobre bionergia.
(Por Mylena Fiori,
Agência Brasil, 02/05/2007)