A imprensa oficial chinesa apenas publicou neste sábado (5/5) o relatório aprovado na véspera pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que instou a comunidade internacional a fazer esforços para a luta contra o aquecimento global.
Enquanto o Jornal do Povo ignorou completamente as conclusões dos especialistas internacionais reunidos em Bangcoc, o Beijing Youth Daily relegava a informação à página 10, com uma breve matéria da agência oficial Nova China.
Em troca, o diário de língua inglesa China Daily levou a questão para sua primeira página, e destacou a necessidade de se atuar com urgência para frear as mudanças climáticas.
O relatório de sexta-feira é o terceiro do IPCC, organismo ligado à Organização das Nações Unidas, e elaborou uma série de medidas concretas, em especial para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Além disso, avaliou seu custo como relativamente baixo e advertiu que os próximos 20 ou 30 anos serão cruciais nesta questão.
A China, que depende do carvão em 70% para sua energia, logo superará os Estados Unidos à frente dos países que mais despejam CO2 na atmosfera.
Segundo o protocolo de Kyoto, a China não está obrigada a atuar contra esse tipo de poluição, ao ser considerada um país em desenvolvimento.
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AFP - UOL, 05/05/2007)