O comissário do Meio Ambiente da União Européia (UE), Stavros Dimas, afirmou que, depois do relatório aprovado em Bangcoc pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), "não há desculpas" para não definir em escala mundial uma redução das emissões de dióxido de carbono (CO2).
Em comunicado, Dimas afirmou que as conclusões de Bangcoc confirmam a análise da UE de que a redução mundial das emissões deve começar nos próximos 15 anos, a fim de evitar o desastre climático.
"O importante relatório do IPCC reconhece que as tecnologias e políticas para realizar estas reduções existem atualmente e que, portanto, não há desculpas para esperar", disse o comissário europeu.
As conclusões do IPCC, destacou, "apóiam plenamente a opinião da UE de que os países desenvolvidos devem reduzir suas emissões em 30% abaixo de seu nível de 1990 até 2020, e que as emissões globais devem diminuir pela metade até 2050".
Segundo o comissário, esta fórmula "oferece uma boa oportunidade de impedir que o aquecimento global supere os 2 graus centígrados a respeito das temperaturas do planeta antes da industrialização".
"Este é o momento para que o resto da comunidade internacional siga nosso caminho e se comprometa com níveis ambiciosos de redução" das emissões, acrescentou Dimas, que defendeu a abertura de negociações neste sentido na conferência ministerial das Nações Unidas que ocorrerá em dezembro.
Os governos da UE se comprometeram de forma unilateral a diminuir suas emissões de CO2 em 20% até 2020, sobre o nível de 1990, mas o número poderia chegar a 30% se outros países industrializados fizessem um esforço semelhante.
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EFE - Agência Estado, 04/05/2007)