A Comissão Européia (CE, braço executivo da União Européia) defendeu que a única maneira de combater as alterações climáticas é através de investimentos maciços em tecnologias energéticas "limpas". Em um relatório sobre a promoção da inovação e das tecnologias eficientes e amigas do ambiente, a CE diz que o número de empresas com tecnologias ecológicas aumentou nos últimos anos e que estas já representam 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) da União Européia (UE) e empregam cerca de 3,5 milhões de pessoas. A comissão considera que "dada a sua posição privilegiada, a UE deve apontar o caminho e utilizar as suas capacidades de inovação para por fim aos atuais problemas ambientais".
Para encaminhar o setor industrial para um futuro duradouro, "os esforços individuais das empresas não serão suficientes e será indispensável que a UE e os seus Estados-membros se comprometam numa ação comum", diz o relatório. O objetivo da Comissão Européia é que, através do Plano de Ação sobre Tecnologias Ambientais (Eco-tecnologias), lançado pela UE em 2004, sejam investidos mais de 12 milhões de euros (cerca de R$ 33 milhões) nesse tipo de projetos até 2013.
Para o executivo europeu, o "êxito da energia eólica deve ser reproduzida em outros setores", já que "ainda é freqüente acontecer que as tecnologias ambientais permaneçam limitadas em certos segmentos do mercado". É por isso que, segundo a CE, as políticas para fomentar o recurso a tecnologias eficientes e amigas do ambiente se deveriam ser destinados, no curto prazo, nos setores da construção, alimentar e bebidas, no transporte privado e na reciclagem.
(Lusa, 03/05/2007)