Em um mês de funcionamento, já foram recolhidas cerca de nove toneladas de lixo reciclável em Santa Cruz do Sul, por meio da coleta seletiva. O sistema, criado em parceria pela Conesul Soluções Ambientais e Secretaria Municipal de Transportes e Serviços Públicos, funciona de segunda-feira a sábado, com uma média de 350 quilos de resíduos secos por dia.
Conforme o gerente da Conesul, Ricardo Muradás, os dias de maior volume são as segundas e terças-feiras. Porém, apesar de a quantidade apresentar crescimento nas últimas semanas, um problema ainda tem dificultado a reciclagem dos materiais. “Muito resíduo ainda vem misturado. O pessoal coloca o papel higiênico junto do lixo seco, quando deveria estar no orgânico”, diz.
Na última amostragem coletada, foram encontrados 300 quilos entre o que deveria ir para reciclagem, além de papéis molhados e guardanapos sujos que também deveriam integrar os dejetos orgânicos.
Quanto às embalagens, Ricardo lembra que as de papel, vidro ou plástico não precisam ser limpas para colocação no lixo. “Antes da reciclagem é feita uma pré-lavagem. A indústria já se encarrega disso. Ao cidadão só cabe separar os resíduos secos dos orgânicos”, explica.
A coleta, por enquanto, está restrita ao Centro. O veículo responsável pelo recolhimento seletivo de lixo é um modelo inédito no Brasil, no qual os materiais orgânicos e secos são coletados simultaneamente. Para facilitar a separação no caminhão, é necessário que o lixo seja depositado em sacolas de cores diferentes: seco em sacos brancos e orgânico em coloridos, incluindo preto.
Diariamente, a partir das 17h15, o veículo parte da Rua Coronel Oscar Jost e segue por vários pontos do Centro, até chegar ao final na Senador Pinheiro Machado, esquina com a Carlos Trein. O gerente da empresa diz que o cronograma de expansão ainda está sendo estudado e será aplicado de acordo com os resultados do Centro.
A meta inicial era de que, ainda em maio, o serviço chegasse ao Higienópolis; em julho no Universitário, Cohab, Avenida e Goiás e, em setembro, ao Margarida Aurora, Jardim das Nações e Arroio Grande. A partir de 2008, a coleta, a princípio, passará a ser feita com dois caminhões.
(Gazeta do Sul, 03/05/2007)