O deputado estadual Nelson Harter, do PMDB, afirmou ontem (2/5) que há componente ideológico na crise envolvendo a Fepam. Harter passou a tarde reunido com técnicos de sua bancada. Eles compararam os argumentos da fundação com a legislação federal. O deputado destacou, após o encontro, que é possível conciliar a preservação do meio ambiente com o desenvolvimento econômico sustentável. Salientou que, além do prejuízo imediato à região Sul, a intransigência demonstrada pela Fepam acarretará grande dificuldade para o Estado atrair novos investimentos no setor. 'Há forte movimento para criar dificuldades aos empreendimentos. Os maiores penalizados serão a população, que não poderá ocupar os milhares de empregos, e o Estado, que terá sua imagem maculada', avaliou.
Para Sandro Boka, do PMDB, os problemas enfrentados pela Fepam não podem impedir o desenvolvimento das regiões mais pobres. 'Sem dinheiro não há como preservar. A pior devastação que pode existir no meio ambiente é a miséria', argumentou o deputado.
Rossano Gonçalves, do PDT, disse que a Metade Sul não pode perder os investimentos e que é preciso conciliar o desenvolvimento com a preservação do meio ambiente.
Segundo Pedro Pereira, do PSDB, a Assembléia está trabalhando para garantir a aprovação dos licenciamentos. 'O Rio Grande do Sul não pode abrir mão destas empresas e dos recursos', salientou Pereira.
(Correio do Povo, 03/05/2007)