Aves no sítio de pássaros migratórios da Lagoa do Peixe, no litoral Sul, potencial transmissores da gripe das aves, estão sendo analisadas em campanha de prevenção à doença que foi iniciada ontem (2/5).
Marrecos, galinhas e patos criados numa propriedade de fundo de quintal, em Mostardas, foram utilizados para simular como serão feitas as coletas de material e os 211 questionários para análise de risco na região. O Rio Grande do Sul será o primeiro Estado no país a ter um estudo sistemático. O levantamento estatístico deve ficar pronto em novembro.
Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura no Estado, Ana Lúcia Stepan, o objetivo é dimensionar as chances de a doença entrar no sítio da Lagoa do Peixe por meio das aves que migram, se espalhar e afetar a avicultura comercial. A pesquisa abrangerá 448 proprietários em 22 localidades de São José do Norte, Mostardas e Tavares. Para traçar um cenário completo, a partir do mês que vem serão aplicados questionários também em granjas consorciadas com as indústrias.
Também ontem foram desenvolvidas ações de educação sanitária com cerca de 150 alunos de quatro escolas públicas de Mostardas. Os alunos receberam material explicativo e assistiram à palestras sobre o que é a gripe das aves e como evita-lá. A intenção é que pelo menos duas mil pessoas participem das 17 palestras previstas para ocorrer até sábado nos três municípios.
(Zero Hora, 03/05/2007)