Cientistas descobriram até 15 novas espécies marinhas visíveis ao olho humano no fundo do mar que evidenciam o degelo na Antártida. Elas foram identificadas nas gigantescas camadas de gelo Larsen A e B, que cobriram durante milhares de anos esta extensa porção oceânica. Na maioria, são crustáceos, como camarões gigantes, medusas e anêmonas, e centenas de organismos microscópicos.
A expedição do quebra-gelo "Polarstern", com cerca de 50 pesquisadores de 14 países, entre o final de 2006 e o início deste ano, foi a primeira do programa internacional Censo da Vida Marinha Antártida e permitiu constatar as alterações que a mudança climática está causando nos ecossistemas marítimos do Oceano Glacial Antártico.
O aquecimento global, além do descongelamento das antigas placas de gelo, como a Larsen B, com 12 mil anos de idade, está gerando mudanças nos habitats marítimos. Desta forma, foram localizados animais e plantas que, até agora, só haviam sido encontrados em águas mais quentes. As conseqüências do aquecimento global são mais evidentes nos animais que habitam a superfície Antártida, como os pingüins, que estão se deslocando para o sul em busca de terras e águas mais frias.
(Efe, 02/05/2007)