Ela criticou afirmações feitas pelo novo secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco. As palavras de autoridades do Ministério do Meio Ambiente como as do Capobianco, de que a MP fortalece o Ibama, são inverdades. Essa medida tira parte de recursos substanciais do Ibama, que já são escassos, para colocar dentro do instituto e que só vão gerir as unidades de conservação, contestou Cavalcanti.
A presidente questionou ainda o fato de que o novo Instituto Chico Mendes passará a receber recursos que não eram repassados ao Ibama, mesmo com as deficiências enfrentadas pelo órgão.
De acordo com ela, as manifestações são uma forma de pressão. Ela diz que a greve é o último recurso. Queremos mostrar ao presidente Lula que essa MP, criada pelo MMA com o aval da Casa Civil, leva ao enfraquecimento do Ibama. Parece que existe uma forma de esvaziar o Ibama para que ele perca credibilidade, afirmou. As manifestações serão feitas em todas as cidades brasileiras que tiverem unidades do Ibama, e em todos os lugares em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursar. Nós estaremos com pelo menos um servidor do Ibama levantando uma bandeira. Vamos continuar lutando com toda nossa garra contra a MP 366, ressaltou Cavalcanti.
Segundo a presidente do Asibama, o primeiro protesto será feito no
próximo sábado (5/5), em frente ao anexo 2 da Câmara dos Deputados. Em
seguida, haverá um encontro com parlamentares, para pedir que eles derrubem
a MP. Na sexta-feira (4/5), será realizada uma assembléia com servidores do
DF, incluindo trabalhadores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), para avaliar os
trabalhos elaborados e dar novos rumos ao movimento. Lindalva Cavalcanti
disse que os protestos vão durar conforme os fatos e negociações e que se
for preciso uma greve nacional, ela será feita.
(Agência Brasil - JB
Online, 02/05/2007)