Em meio à polêmica envolvendo a emissão de licenças ambientais para empresas produtoras de celulose, servidores da Fepam defenderam segunda-feira (30/4) o zoneamento ambiental para a silvicultura. Argumentam que o estudo, incluindo a indicação das áreas próprias para a plantação de eucaliptos, foi feito por grupo técnico com cientistas, instituições e universidades e o acompanhamento de representantes dos empreendedores.
'Se é para as empresas pedirem e levarem as licenças automaticamente, não precisamos de um órgão de meio ambiente', reagiu o presidente da Associação dos Trabalhadores da Fepam, Antenor Pacheco. Lembrou que o zoneamento será debatido, a partir de junho, em audiências públicas no Interior. Empreendedores demonstram descontentamento com a decisão da Fepam de aplicar o critério de zoneamento. Alguns ameaçaram desistir dos investimentos no Estado. Para Pacheco, as queixas podem ser atribuídas à inversão de procedimentos. 'Eles compraram as terras antes da conclusão do estudo. Se as áreas compradas não são as indicadas para o plantio de eucalipto, a culpa não cabe aos técnicos.'
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores das Fundações do RS Paulo Mendes disse que a pressão das empresas é legítima. 'Sabemos, porém, que o estudo foi realizado com seriedade por técnicos capacitados.'
(Correio do Povo, 01/05/2007)