Finalmente, a sociedade rio-grandense, e em especial seu governo, parece despertar para a gravidade da situação envolvendo a silvicultura e o zoneamento ambiental, disse o deputado Nelson Härter(PMDB), comentando as manifestações da governadora Yeda de que está atenta e não permitirá que sejam perdidos investimentos importantes para o Estado, como ocorreu no caso Ford. Na semana passada, empresas ligadas ao segmento celulose ameaçaram deixar o Estado. “Estamos fazendo este alerta há dois meses”, lembrou o parlamentar, presidente da Comissão de Economia da Assembléia.
Ele espera que a governadora determine o cumprimento imediato da legislação, que permite o plantio de até mil hectares. “Está sendo promovida uma confusão cuja conseqüência é o atraso na colocação das mudas na terra. Se esta lenga-lenga prosseguir até o início da maio, mais dois milhões de mudas serão jogadas na lata do lixo, somando-se a outras três milhões de unidades desperdiçadas. Serão cinco milhões de árvores a menos em sete anos”, advertiu o peemedebista. Conforme ele, toda uma cadeia produtiva fica comprometida, lembrando a produção de móveis, celulose-papel, resinas, derivados químicos, madeira tratada, postes e energia (carvão), entre outros. Para ele, o zoneamento defendido é restritivo e parcial. Segundo Härter, a discussão sobre a situação deve ser ampliada, devendo haver, além do zoneamento ambiental, a avaliação de zoneamentos ‘econômicos e sociais’.
(Por Celso Bender,
Agência de Notícias AL-RS, 30/04/2007)