Houve, sim, um momento em que a governadora Yeda Crusius cogitou tirar do cargo o presidente da Fepam e a secretaria do Meio Ambiente, mas o que seus químicos tiraram do laboratório foi alguma coisa ainda melhor, que é uma legislação que obrigue e proteja a Fepam e a secretaria do Meio Ambiente no caso dos licenciamentos ambientais no RS. O governo dispõe de um poder normativo próprio muito grande, pode apelar a projetos para a Assembléia e além disto tem maioria no Consema (Conselho do Meio Ambiente). É só tomar a decisão política de agir. O que o RS precisa saber é que o governo chamou para cá poderosos grupos nacionais e estrangeiros dispostos a investir até US$ 4,5 bilhões (o equivalente a 5 GMs) em até 10 anos, não podendo agora tirar o corpo fora porque o Ministério Público embretou a Fepam na camisa-de-força dos 100 hectares (uma área que não dá para plantar nem tangerina) por projeto de florestamento, pelo menos enquanto o Consema não toma decisão sobre o chamado zoneamento agrícola e ambiental do Estado.
(
Portal Polibio Braga, 30/04/2007)