O Instituto Martim Pescador anunciou ontem (29/4) que o Rio dos Sinos continua livre do mexilhão-dourado, que vem causando transtornos em outras bacias hidrográficas. Três vistorias, realizadas neste final de semana nos pontos de captação da Comusa, em Novo Hamburgo, do Semae, em São Leopoldo, e da Corsan em Esteio confirmaram a ausência do molusco.
Segundo o presidente do Instituto Martim Pescador, Henrique Prieto, a suspeita é de que, até agora, a correnteza e a poluição estejam barrando o avanço do molusco. “O Rio dos Sinos ainda está livre do mexilhão-dourado. Contudo, em Porto Alegre, é visível o contraste. Qualquer barco parado há mais tempo está com o casco infestado”, afirma Prieto.
Em julho de 2006, o instituto instalou 16 iscas entre a foz do Rio dos Sinos, em Canoas, e a captação da Comusa. O mexilhão-dourado, de origem asiática, chegou ao Brasil preso aos cascos de navios de carga. O molusco, que não tem predador natural, prolifera-se rapidamente, causando transtornos como o entupimento de equipamentos de coleta de água e encanamentos.
(Jornal VS, 30/04/2007)