Menos de 24 horas depois de a Aracruz Celulose ameaçar desistir de implantar uma fábrica no Estado devido à inconformidade com os critérios utilizados pela Fepan para o licenciamento de áreas de plantio de eucaliptos, a Stora Enzo admitiu ontem (26/4) que começa a avaliar a possibilidade de abortar o seu projeto.
A empresa prevê investimento de U$ 1,2 bilhão para uma base florestal de cem mil hectares e construção de uma indústria até 2013. São previstos 3 mil empregos diretos.
- O zoneamento, que sequer foi aprovado, é restritivo, há falta de clareza nas regras de licenciamento e mudanças das exigências, o que está atrasando os projetos. A empresa aguarda o licenciamento de cerca de 11 mil hectares no Estado - diz o diretor florestal da Stora Enzo para a América Latina, João Borges.
O secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai), Nelson Proença, afirmou que trabalha para uma solução até quarta-feira. O investimento das duas empresas chega a U$ 2,5 bilhões.
A Fepam reafirmou, por meio de sua assessoria, que está emitindo licenças com base no aditamento ao Termo de Ajustamento e Conduta (TAC), em 19 de abril - que determina que se siga a legislação em vigor, o TAC original vencido em 31 de dezembro de 2006 e o zoneamento ambiental, mesmo sem aprovação do Consema.
(Zero Hora, 27/04/2007)