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premiação ambiental
2007-04-27

O denominador comum dos seis ganhadores deste ano do Prêmio Goldman, considerado o Nobel Verde, é o êxito que alcançaram em sua luta pela proteção do meio ambiente apesar de seu relativo anonimato. Entre eles estão um agricultor preso por opor-se a um gasoduto da Shell Oil na Irlanda e um islandês que comprou direitos de pesca do salmão do Atlântico Norte como meio de luta contra a exploração desmedida.

"Os premiados deste ano combateram com sucesso alguns dos desafios ambientais mais importantes que enfrentamos hoje", disse o criador do prêmio, Richard N. Goldman. "Seu compromisso, pelo qual correram grandes riscos pessoais, nos inspira a todos a pensar criticamente no que as pessoas comuns podem realizar para fazer a diferença", acrescentou. Cada um dos vencedores receberá US$ 125 mil. Os premiados são do Canadá, Peru, Zâmbia, Mongólia, além de Irlanda e Islândia.

Willie Corduff e seus vizinhos Rossport, na Irlanda, obrigaram a Shell Oil a suspender a construção através de sua localidade de um gasoduto aprovado pelas autoridades. Corduff baseou sua ação na convicção de que o governo irlandês havia violado leis ambientais e de desenvolvimento que ordenam a participação e revisão pelas comunidades locais desse tipo de projeto. O gasoduto colocaria em perigo os delicados pântanos de Rossport, a saúde da comunidade local e a subsistência dos agricultores, segundo o júri que concedeu o prêmio.

Hammerskjoeld Simwinga, de Zâmbia, e Orri Vigfússon, da Islândia, também receberam o prêmio Goldman este ano por seus esforços na preservação da vida silvestre. Simwinga criou o Programa de Desenvolvimento Comunitário e Conservação da Vida Silvestre do Vale de Luangwa Setentrional, em uma empobrecida região de Zâmbia onde a caça ilegal dizimou a população de elefantes. O programa inclui projetos de micro crédito, educação, saúde rural e fortalecimento do papel da população feminina.

Por sua vez, Vigfússon criou o Fundo do Salmão do Atlântico Norte, que arrecadou US$ 35 milhões com os quais comprou os direitos de pesca nessa região nos dois lados do oceano. Atribui-se à ação do Fundo a queda em 75% da pesca em mar aberto nessa região nos últimos 15 anos. Sophia Rabliauskas, do Canadá, Tsetsegee Munkhbayar, da Mongólia e Julio Cusurichi Palácios, do Peru, receberam o prêmio em recompensa por sua luta contra diversas indústrias extrativas.

Rabliauskas trabalhou em nome do povo nativo do rio Poplar, para garantir proteção para essa parte da floresta boreal de Manitoba, ameaçada por maciças operações de corte e projetos hidrelétricos. Munkhbayar trabalhou com o governo e organizações comunitárias da Mongólia para acabar com as destrutivas operações de exploração de ouro nas vias fluviais do país, feitas com técnicas obsoletas e sem leis que as regulem.

"A saúde do meio ambiente asiático é fundamental para a saúde de todos os cidadãos", disse Doug Bereuter, presidente da organização não-governamental The Asian Foundation."Munkhbayar tem há muito tempo o compromisso de dar poder às pessoas e organizações de base para criar uma saudável e prospera Ásia", firmou Bereuter.

Por seu lado, Julio Cusurichi Palacios lutou pela preservação da selva amazônica peruana e do modo de vida dos povos indígenas ali residentes, combatente o corte ilegal devido à enorme demanda de mogno. Essa atividade causou violentos choques entre cortadores e comunidades nativas. Em sua qualidade de assessor da Federação de Naivos do Rio Madre de Dios e seus Tributários, Palacios foi ameaçado de morte e sofreu acusações falsas.

"É minha responsabilidade defender os direitos dos povos mais vulneráveis do mundo, os povos indígenas, especialmente daqueles em isolamento voluntário", afirmou. "Devo acusar em níveis nacional e internacional os políticos que tomam as decisões que afetam os povos indígenas e propor alternativas viáveis", acrescentou.

O Prêmio Ambiental Goldman foi criado em 1990 em São Francisco (EUA) pelo líder cívico e filantropo Richard N. Goldman e sua falecida esposa, Rhoda H. Goldman. Nesses anos fora premiadas 119 pessoas de 70 países.

(Por Eli Clifton, IPS, 25/04/2007)


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