Cerca de 30 militantes da organização ambientalista Greenpeace bloqueiam nesta quinta-feira (26/04), o acesso às obras da construção do reator de terceira geração EPR junto à usina nuclear de Flamanville, no noroeste da França. Um porta-voz da organização ambientalista afirmou que o objetivo do ato é que os candidatos à Presidência da França, a socialista Ségolène Royal e o conservador Nicolas Sarkozy, se comprometam a interromper a construção do EPR (reator europeu pressurizado, na sigla em inglês).
Quatro militantes subiram nos guindastes instalados na área para levantar o reator e colocaram bandeiras de diferentes países com inscrições contra a construção. Ouros ativistas se acorrentaram a caminhões que estavam na via de acesso às obras, impedindo o acesso à mesma. O protesto contra a construção da usina acontece no mesmo dia em que países do Leste Europeu relembrar o desastre em Chernobyl. Em 26 de abril de 1986 um reatores da usina explodiu, lançando mais radiação na região da atual Bielorussia e Ucrânia do que a bomba nuclear americana jogou em Hiroshima, em 1945.
Em uma cerimônia solene em Kiev, capital da Ucrânica, o presidente Viktor Yushchenko juntou-se a centenas de ucranianos para recordar as vítimas do maior desastre nuclear da história. Mais de 38 mil pessoas morreram no acidente, que completa 21 anos nesta quinta-feira. Mesmo duas décadas depois do desastre, o número de vítimas continua a ser controverso. A Organização das Nações Unidas estimam que cerca de 9 mil ainda possam morrer em decorrência de doenças relacionadas com a radiação de Chernobyl.
(Efe, 26/04/2007)