O RS vai perder não só os investimentos da Votorantim e da Stora Enso, mas também a oportunidade de oferecer milhares de empregos diretos no Estado, alavancando a economia, principalmente da Metade Sul", alertou o presidente da Comissão de Economia e Desenvolvimento da Assembléia, deputado Nélson Härter (PMDB), após reunião com a direção da Aracruz e entidades do setor. Essa manifestação se deve ao atraso por parte da Fepam em liberar os licenciamentos dos projetos de florestamento. A Aracruz Celulose ameaça desistir de nova fábrica no RS, em razão do atraso do licenciamento ambiental, colocando em risco um investimento de US$ 1,5 bilhão.
Segundo Härter, num projeto de 180 ha por parte da Aracruz Celulose, foram liberados 90 ha, sendo que destes apenas 5ha podem ser utilizados para o plantio, de acordo com as restrições apontadas em proposta de zoneamento que ainda não é definitiva. O absurdo, conforme o pessemedebista, é que, entre as exigências para poder haver o plantio nestes 5 ha está a necessidade de laudo paleontológico, acompanhado de técnico.
O deputado advertiu ainda que no caso da Aracruz Celulose, em Guaíba, cerca de 2 milhões de mudas serão jogadas fora caso não haja liberação para o plantio até o final de abril, a exemplo do que vem ocorrendo no viveiro da empresa Tecnoplanta, em Barra do Ribeiro, que durante o mês de abril começou o descarte de 3 milhões de unidades, por passarem do ponto e não poderem ser aproveitadas.
(Por Jussara de Souza,
Agência de Notícias AL-RS, 26/04/2007)